Cientistas espanhóis acabam de anunciar que criaram uma molécula que regenera células produtoras de insulina. A ser verdade, estaremos perto do fim de uma doença considerada até agora incurável.

Um novo medicamento, testado com sucesso em ratinhos de laboratório e em culturas de células humanas, é capaz de reverter os sintomas e as causas do diabetes tipo 1.

Estes são os 7 mitos que mais se contam sobre a diabetes
Estes são os 7 mitos que mais se contam sobre a diabetes
Ver artigo

O feito, publicado na revista Nature Communications, é de uma equipa internacional de cientistas liderada por pesquisadores do Centro Andaluz de Biologia Molecular e Medicina Regenerativa (Cabimer), em Sevilha.

Segundo o jornal espanhol El País, foram precisos vários anos para desenvolver uma molécula ou recetor molecular capaz de regenerar as células produtoras de insulina.

O que é a diabetes tipo 1?

A diabetes tipo 1 é uma patologia autoimune que destrói as células do pâncreas responsáveis pela produção, armazenamento e secreção de insulina. A insuficiência de insulina no organismo obriga o doente a fazer injeções permanentes de insulina.

Anda à procura do elixir da concentração? Coma estes 10 alimentos
Anda à procura do elixir da concentração? Coma estes 10 alimentos
Ver artigo

Curar a diabetes exige, por isso, duas coisas: travar a destruição das células que causam a doença e substituir as células que deixam de funcionar no pâncreas, explica Bernat Soria, diretor do Departamento de Regeneração e Terapias Avançadas do Cabimer e fundador do centro.

O novo composto químico - designado BL001 - já está patenteado e está a ser melhorado pela equipa multidisciplinar que o criou.

"Desenvolver um medicamento do laboratório e levá-lo até ao paciente custa cerca de 20 milhões de euros. Nós já gastamos três milhões. Se você me der 17 milhões amanhã, daqui a alguns anos, se tudo der certo, estará no mercado", afirma Benoit Gauthier, o principal investigador do Cabimer.

A equipa está, neste momento, a tentar perceber os limites de toxicidade e de eficácia da molécula. O próximo passo será testar a mesma em seres humanos.