O presidente do INEM apresenta hoje na Comissão Parlamentar de Saúde resultados operacionais “bem melhores” do que os que eram conhecidos na altura em que foi requerida a sua audição no Parlamento, disse à Lusa fonte do instituto.
No início de fevereiro, ainda na anterior governação, o CDS-PP requereu a presença de Miguel Soares Oliveira no Parlamento para explicar “as falhas e deficiências estruturais” daquele instituto.
O objetivo da audição era obter explicações sobre as “falhas e as deficiências estruturais e funcionais” do INEM, segundo o requerimento.
De acordo com fonte do INEM, o pedido de audição vem na sequência de um relatório do Tribunal de Contas com os resultados operacionais de 2007 a 2009, relativos à anterior presidência.
Entretanto, “as coisas mudaram para melhor” e são esses dados mais recentes e atuais que o presidente do INEM vai apresentar, com “resultados que nada têm que ver com os do relatório”, acrescentou a mesma fonte.
Em causa estavam os tempos médios de atendimento de chamadas, “bastante mais lentos do que os padrões estabelecidos internacionalmente”.
Relativamente às chamadas em que estava em causa o risco imediato de vida, a capacidade de resposta com os meios adequados era “manifestamente insuficiente” quando comparada com os padrões internacionais de 8 minutos.
A taxa de inoperacionalidade das viaturas de emergência médica também era visada no relatório, uma vez que mais de um quinto destes transportes estavam parados por períodos superiores a um mês.
Paralelamente, “o INEM aumentou em 84% os custos com o pessoal”, tendo-se registado em 2009 um “acréscimo de gastos de 24,1 milhões de euros”.
03 de agosto de 2011
Fonte: Lusa
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