"Os estudos estão a ser feitos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Instituto Ricardo Jorge, de Portugal, por parte da cooperação portuguesa", disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Afonso Varela, acrescentando que esteve em São Tomé "um dos maiores infecciologistas portugueses para ajudar a tratar esta doença", que segundo a ministra da Saúde não provocou mortos.

"Ele fez o que pôde, estabeleceu critérios de tratamento e programas com os nossos médicos, levou amostras para Portugal, está neste momento num dos maiores institutos portugueses, o Instituto Ricardo Jorge, a estudar a doença. Estamos a trabalhar também com a OMS, que enviou um especialista do Benim, porque a patologia era semelhante a uma doença comum em África, particularmente no Benim, mas não chegou a conclusão que não era essa doença", explicou o governante.

Afonso Varela lamentou que "até hoje" não tenham conseguido identificar a doença, sublinhando que estão "a trabalhar e é preciso tempo".

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Não há óbitos pela doença 

O Governo são-tomense reafirmou que esta doença continua com patologia desconhecida, ataca os membros inferiores das pessoas e está a alastrar-se em São Tomé e Príncipe.

"Estamos a falar de uma patologia desconhecida, cujo tratamento desconhecemos, o protocolo não está definitivamente estabelecido, mas o Governo está a fazer todo o esforço para detetar o que se passa, para que a doença possa ser tratada", sublinhou Afonso Varela.

O deputado Jorge Amado, que integrou hoje um grupo de parlamentares que visitou os paciente internados, disse aos jornalistas que subiram para oito o número de mortes provocado pela doença, mas a ministra da saúde, Maria de Jesus Trovoada desmentiu esta informação. "Até agora não houve nenhum óbito provocado por esta doença", garantiu a ministra, embora fonte hospitalar tenha adiantado anteriormente que a patologia teria provocado quatro mortes.