Um homem de origem chinesa com 48 anos foi hospitalizado a 23 de janeiro, um dia depois de regressar de Wuhan, China, o epicentro da doença do novo coronavírus (COVID-19). O cidadão teve alta esta quinta-feira e disse à AFP que "não era mais portador do vírus".
O remdesivir, da americana Gilead, "atua diretamente sobre o vírus para impedir a sua multiplicação", explicou o professor Denis Malvy, chefe da unidade de doenças tropicais do Centro Hospitalar Universitário (CHU) Pellegrin.
É uma "pequena molécula capaz de alcançar todos os compartimentos do organismo e que sabemos que se difunde perfeitamente nos pulmões, órgão alvo da doença", acrescentou o médico, especificando que o medicamento foi administrado por via intravenosa durante dez dias.
É "atualmente o candidato mais convincente e promissor para uma avaliação", acrescentou, ressaltando que a escolha deste medicamento foi feita "colegialmente ao nível nacional, em consulta com a OMS (Organização Mundial da Saúde)".
Será objeto de um teste terapêutico comparativo na China com a coordenação da OMS "nos próximos dias".
O professor Malvy mencionou ainda um "segundo candidato" entre o grupo de fármacos, o lopinavir usado contra o VIH/Sida, combinado ao ritonavir, que tem sido testado na China. Os resultados dessa nova tentativa estão sendo aguardados.
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O paciente de Bordeaux deixou o CHU "sem sinais clínicos e não é mais portador de qualquer vestígio da presença do vírus", acrescentou o médico. Continuará, porém, a ser acompanhado.
"Vamos monitorá-lo por um período de algumas semanas para uma nova avaliação clínica e radiológica presencial. Talvez também para um exame de sangue", completou Malvy.
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