
Rosa, uma mulher de 60 anos que foi operada numa clínica por um alegado cirurgião plástico, sentia-se psicologicamente jovem, porém a sua imagem não lhe agradava. Foi operada, mas meses depois o resultado são cicatrizes e um peito mais pequeno que o outro.
O caso é denunciado pela rádio TSF.
Rosa e o médico, cujo nome não é revelado, acordaram o preço de uma lipoaspiração com anestesia geral e transferência de gorduras para as nádegas e seios. O procedimento custou 2.500 euros. À primeira vista, correu bem, mas a gordura transferida começou a apodrecer, acabando por ser retirada.
Ficaram as cicatrizes e um peito mais pequeno que o outro. Hoje, sente-se "mal física e psicologicamente" e o que vê ao espelho "é bem pior que antes da cirurgia", escreve a referida estação de rádio. Depois da operação, Rosa descobriu que o médico não tinha a especialidade de cirurgia plástica.
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O cirurgião plástico Celso Cruzeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, alerta para a gravidade e consequências desastrosas de cirurgias plásticas realizadas por pessoas sem qualificações ou médicos de outras especialidades.
"Cada vez mais assistimos a processos em tribunal e na Ordem dos Médicos por problemas causados aos doentes que se submetem a intervenções por pessoas não habilitadas", disse Celso Cruzeiro, que é também diretor do serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e de Queimados do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
"É um problema extremamente grave, que se tem vindo a agravar, prejudicando verdadeiramente a saúde dos doentes", disse Celso Cruzeiro, salientando que a maioria das cirurgias praticadas respeita a atos aparentemente simples, como preenchimento faciais, lipoaspirações, mamoplastias e aplicação de injetáveis como botox, mas que "exigem conhecimentos básicos para serem aplicados".
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