“Agora é o tempo de discutir opções políticas e viver em gestão corrente na área governativa, não é tempo de fazer reformas apressadas só com fito de nomear ‘boys’ para alguns lugares”, afirmou o vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz, em conferência de imprensa na sede nacional do partido sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde em Portugal.
O PSD “exige ao Governo demissionário” que “suspenda de imediato a entrada em vigor do Decreto-Lei que estabelece a criação das ULS”, prevista para 01 de janeiro, evitando “o adensar de problemas a uma situação já por si muito delicada”.
“Deixem-se de fantasias burocráticas. As novas ULS devem ser suspensas. É urgente que este Governo de gestão refoque a sua ação e dê respostas aos problemas imediatos do SNS”, afirmou, defendendo que “o SNS não precisa de mais entropia, mais problemas, mais confusão”.
Questionado se, caso o Governo avance, o PSD defende um veto do Presidente da República, Pinto Luz preferiu manter, por enquanto, apenas o desafio ao PS e ao executivo.
O PSD ligou mesmo a demissão da presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria, Ana Paula Martins, a este processo de criação “à pressa” de 31 novas ULS.
“Foi em desacordo com esta medida que a presidente Conselho de Administração deste hospital apresenta a sua indisponibilidade para continuar, deixando com futuro incerto o maior hospital do país”, lamentou.
Pinto Luz considera que a “aberrante configuração das ULS”, que engloba hospitais centrais e universitários, “torna ingerível não só a própria ULS como todas as estruturas hospitalares de referência em Portugal”.
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