A nova tabela aplicável ao regime convencionado, que deve entrar em vigor a 01 de junho, prevê várias alterações, entre as quais a introdução de um copagamento nas próteses intraoperatórias, que até agora eram suportadas a 100% pela ADSE.

Questionada sobre se a contestação dos sindicatos levará a um adiamento da medida, Ana Avoila afirmou que a Federação esteve reunida na terça-feira com o diretor-geral da ADSE que “não falou em adiamento e nem sequer quis discutir a questão porque estava no âmbito de uma comissão”.

A dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais rejeita que os funcionários públicos “continuem a ser os bodes expiatórios”, mas admite que é preciso “discutir algumas coisas da ADSE”, nomeadamente a fiscalização, porque os privados “se estão a encher à conta da ADSE”, mas os trabalhadores “não têm culpa disso”.

“Nós não sabemos como é que aquilo funciona lá dentro. Movimenta milhões, só o valor das contribuições dos trabalhadores ronda os 530 milhões de euros por mês”, indicou lamentando que não haja fiscalização e lembrando que o conselho consultivo “não reúne há anos”.

Ana Avoila pede nomeadamente que sejam revistos os protocolos com os privados, em vez de serem reduzidas as comparticipações aos trabalhadores que “pagam uma fatura muito elevada” e contribuem para as receitas da ADSE.