Os resultados foram elogiados por especialistas, embora o estudo tenha sido realizado com pacientes nos Estados Unidos, onde o vírus não é endémico.
Detetado em 115 países desde a sua descoberta na Tanzânia, em 1952, o vírus causa febre e dores nas articulações. É transmitido aos seres humanos através do mosquito do tipo Aedes.
A doença, para a qual ainda não existe medicamento, cresceu exponencialmente nas Américas. Entre janeiro e abril, foram detetados 135 mil casos no continente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos primeiros seis meses de 2022, foram registados 50 mil casos na região.
A Valneva testa a vacina em adolescentes no Brasil, onde o vírus é endémico. Os resultados podem ser decisivos para o futuro do medicamento.
A vacina desenvolvida pela Valneva é conhecida como VLA1553. Segundo a empresa, as autoridades americanas podem aprovar este medicamento profilático em agosto.
O novo teste, de fase três (última fase antes de solicitar o exame do medicamento perante as autoridades) envolveu mais de 4.100 adultos saudáveis nos Estados Unidos.
Um total de 99% dos pacientes geraram anticorpos capazes de neutralizar o vírus, segundo o estudo publicado na revista "The Lancet".
A vacina, que requer uma injeção única, gerou efeitos secundários semelhantes aos de outros fármacos.
Os resultados são promissores, destacou Martina Schneider, diretora de estratégia clínica da Valneva e principal autora do estudo. "Ela poderia representar a primeira vacina contra o chikungunya para quem vive em regiões endémicas, bem como para viajantes."
Uma fonte da empresa afirmou à AFP nesta terça-feira que a farmacêutica pretende solicitar a autorização de comercialização às autoridades de saúde europeias no segundo semestre de 2023.
A OMS alertou em abril que doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e chikungunya, poderiam se espalhar devido às mudanças climáticas.
Outro medicamento contra o vírus é desenvolvido pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic.
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