Em causa esteve o cancelamento de um voo da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, de Maputo para o Porto com escala em Luanda, quando os passageiros já estavam na sala de embarque e sem que fossem apresentadas alternativas.

Do conjunto de pessoas afetadas, pelo menos 20 procuraram hoje soluções junto da TAP e fizeram reservas nos dois últimos voos da companhia entre Maputo e Lisboa, antes de a rota ser suspensa – no âmbito da redução geral de operações da TAP por causa do novo coronavírus. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

“Haverá 13 pessoas a voar no sábado e outras sete na segunda-feira”, incluindo neste último voo um grupo de cidadãs espanholas, referiu José Fonseca, um dos passageiros.

Segundo explicou, os preços hoje oferecidos (entre 300 a 400 euros por pessoa) foi bastante inferior às cotações que tinham obtido anteriormente e que eram um dos obstáculos para que algumas famílias pudessem regressar.

Ao mesmo tempo, os passageiros afetados estão a aguardar pelo reembolso da TAAG, que, segundo informações da transportadora, poderá demorar alguns meses.

O cônsul-geral de Portugal em Maputo, Frederico Silva, disse hoje à Lusa que além dos passageiros que deviam ter seguido no voo de quarta-feira, há outros já sinalizados no total de nove países sob a sua alçada.

Sem especificar quantas pessoas são, referiu tratar-se de pessoas maioritariamente deslocadas em turismo ou negócios e que “face aos novos contextos têm dificuldade em regressar ao país”.

Segundo referiu, está a ser feito “o máximo que é possível fazer para encontrar soluções caso a caso”, admitindo tratar-se de uma tarefa “colossal”.

Há “necessidades ainda indeterminadas”, mas o objetivo é que todos possam regressar a Portugal “o mais cedo possível”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.000 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

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n.n.