Às 22:00 em ponto, pessoas assomaram às janelas e varandas juntando-se numa salva de palmas de alguns minutos, acompanhada por assobios, junto à Praça do Areeiro, em Lisboa. Mas também nas Olaias, na Rua de Moçambique, nas Avenidas Novas, em Alvalade, na Rua dos Soeiros, no Alto de Santo Amaro, em Alcântara…

Saindo da capital, e usando apenas os contactos mais próximos, Sintra, Carnaxide, Cascais, Charneca da Caparica e Carregado disseram presente.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Viajando pelo resto do país, fizeram o mesmo no Porto, em Matosinhos e na Póvoa de Varzim.

Foram certamente muitas mais as paragens que se juntaram à ovação – e as redes sociais encarregar-se-ão de dar conta disso mesmo.

A mensagem que havia circulado durante o dia apelava a “uma corrente de esperança e energia dedicada a todos os profissionais de saúde que trabalham em todo o país” para ajudar “a ultrapassar este desafio enorme”.

Com símbolos de corações, palmas, mãos abençoadas e a etiqueta #somostodosSNS, fomos todos convocados “à janela, à varanda” e onde mais pudéssemos.

Unidos face ao tal “desafio” – chamado Covid-19 – que colocou o país e o mundo em estado de alerta, com trancas à porta, ruas vazias, escolas fechadas, empresas e trabalhadores em teletrabalho, contactos mínimos.

O novo coronavírus foi detetado pela primeira vez em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassa agora os 151 mil, com registos em 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.

A Organização Mundial da Saúde declarou entretanto que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou hoje 175 novas mortes e que regista 1.441 vítimas mortais.