Portugal regista este domingo mais 11.080 casos de COVID-19 e 14 óbitos associados à doença, segundo da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 18.990 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.424.016 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 3.967 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.201.704 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 55,2% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.984 (+5), seguida do Norte com 5.782 óbitos (+4), Centro (3.367, +1) e Alentejo (1.090, +1). Pelo menos 588 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 127 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 52 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 1.081 doentes internados, mais 58 do que ontem, e 148 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais seis do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 203.322 casos ativos da infeção em Portugal — mais 7.099 do que ontem — e 175.880 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 2.566 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 561.002 (+6.111), seguida da região Norte (517.680 +2.998), da região Centro (199.435 +596), do Algarve (60.028, +340) e do Alentejo (49.816 +374). Nos Açores existem 12.744 casos contabilizados (+136) e na Madeira 23.311 (+525).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 1.182,7 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 923,4 casos de quarta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,35 - superior aos 1,29 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,36. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.313 (+8) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.116, +5), entre 60 e 69 anos (1.748, =) entre 50 e 59 anos (553, +1), 40 e 49 anos (192, =) e entre 30 e 39 anos (49, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.977 são do sexo masculino e 9.013 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 237.981 (+2.028) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 233.689 (+2.072), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 214.418 (+1.912). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 193.260 (+1.646) reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 154.668 (+1.235), entre os 60 e os 69 anos soma 128.786 (+844) e a dos 0-9 anos tem 98.108 (+755) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 84.287 (+212) infeções e dos 70 aos 79 anos, com 78.819 (+376) casos.

Desde o início da pandemia, houve 666.696 homens infetados e 756.082 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1.238 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Países seguem exemplo de Portugal e aliviam isolamento

Perante a escalada da variante ómicron do coronavírus na Europa, que acelerou os contágios, cada vez mais governos em todo o mundo estão a flexibilizar as regras de isolamento para pacientes e os seus contactos para evitar a paralisia económica. Portugal foi dos primeiros a fazê-lo.

O alto grau de contágio da ómicron e as consequentes suspensões e quarentenas pesam sobre as sociedades, ainda que a aceleração das infeções não seja acompanhada, por enquanto, pelo aumento da mortalidade.

A Europa, atual epicentro da pandemia, enfrenta níveis sem precedentes de infeções: mais de 4,9 milhões de casos registados nos últimos sete dias, 59% a mais que na semana anterior, de acordo com uma contagem da AFP no sábado.

No total, mais de 100 milhões de casos ocorreram na Europa desde que o vírus foi descoberto em dezembro de 2019.

Na América Latina, o Equador anunciou no sábado que encerrou o último mês de 2021 com 24.287 infeções, mais que o dobro das registadas em novembro (9.513) e o triplo das registadas em outubro (7.556).

Enquanto isso, França, com mais de um milhão de casos detetados nos últimos sete dias, anunciou neste domingo um relaxamento das regras de isolamento para pessoas infetadas e contactos, como forma de preservar a vida socioeconómica do país.

Pelas regras que entram em vigor na segunda-feira, as pessoas positivas com vacinação completa terão que se isolar por sete dias em vez de dez, e podem reduzir a cinco se apresentarem resultado negativo em um teste subsequente. Portugal anunciou o mesmo na quinta-feira.

Aqueles que estiveram em contacto com essas pessoas não vão precisar entrar em quarentena se tiverem o esquema de vacinação completo.

A mudança da regra deve garantir "o controlo das infeções enquanto preserva a vida socioeconómica", explicou o ministério da Saúde francês em comunicado.

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