
No ano passado, havia cerca de 630 mil octogenários e nonagenários em Portugal e os centenários eram já mais de quatro mil, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) citados pelo jornal Público.
O Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis) da Universidade do Porto decidiu estudar esta população com base em dados do Census de 2011.
Nesse ano, os portugueses "muito idosos" eram maioritariamente mulheres (quase dois terços), analfabetos (46,1%) ou tinham frequentado a escola durante apenas quatro anos (41,9%). E um terço vivia sozinho, relata o estudo "Dificuldades funcionais, sensoriais, de mobilidade e de comunicação dos muito idosos portugueses" publicado na última edição da Acta Médica.
Mais de metade dos muito idosos diziam não se sentir limitados ou declaravam-se pouco limitados nas suas funções cognitivas (memória, concentração, capacidade de perceber os outros ou fazer-se entender por eles).
Se, em 2016, segundo os dados do INE, havia em Portugal 4287 pessoas com 100 ou mais anos, até 2080, de acordo com as projeções, este número deverá aumentar cinco vezes para cerca de 22 mil, escreve ainda o referido jornal.
Segundo as projeções do INE, nessa altura, a esperança de vida dos portugueses terá crescido dez anos: em média, os homens chegarão aos 87 anos e as mulheres aos 92.
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