O laboratório farmacêutico Pfizer anunciou esta segunda-feira que a sua vacina contra a COVID-19 é "90% eficaz", de acordo com a primeira análise intermediária dos testes de fase 3, a última etapa antes do pedido formal de homologação.
Esta eficácia de proteção ao vírus SARS-CoV-2 foi alcançada sete dias depois da segunda dose da vacina e 28 dias após a primeira, anunciou o grupo norte-americano em comunicado conjunto com a empresa BioNTech. "Os primeiros resultados da fase 3 do nosso teste de vacina contra a COVID-19 apresentam as provas iniciais da capacidade da nossa vacina para prevenir esta doença", confirmou o presidente da Pfizer, Albert Bourla, no Twitter.
"Demos um passo importante e estamos mais perto de prover aos cidadãos do mundo esta vacina, tão necessária para contribuir para acabar com esta crise sanitária mundial", completou.
A empresa farmacêutica garante que a vacina não provocou efeitos secundários graves nos voluntários e que não houve diferenças significativas nos níveis de proteção desenvolvidos contra o novo coronavírus pelos vários participantes. A informação foi partilhada pelo grupo farmacêutico nas redes sociais.
Com base em projeções, as duas empresas afirmaram que pretendem fornecer 50 milhões de doses no mundo em 2020 e até 1,3 mil milhões em 2021.
Segundo a Pfizer, o estudo foi realizado depois de 94 participantes nos ensaios clínicos terem sido diagnosticados com COVID-19, metade dos quais vacinados com o fármaco em teste a a outra metade com um placebo. O estudo vai manter-se até chegar a uma amostra total de 164 participantes.
"Estamos numa posição potencialmente capaz de oferecer alguma esperança", disse à Associated Press (AP) Bill Gruber, vice-presidente de desenvolvimento clínico da Pfizer.
A Pfizer e a parceira BioNTec celebraram já acordos de distribuição da vacina experimental com a União Europeia e vários países como os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Japão.
A vacina que está a ser desenvolvida pela Pfizer e pela sua parceira alemã BioNTech está entre 10 possíveis vacinas candidatas em fase final de testes em todo o mundo - quatro delas até agora em grandes estudos nos Estados Unidos.
Outra farmacêutica americana, a Moderna, também já disse que espera poder entrar com um pedido na Food and Drug Administration (FDA), o regulador dos medicamentos nos Estados Unidos, ainda este mês.
Portugal em estado de emergência
Portugal entrou hoje em estado de emergência, desde as 00:00 até 23 de novembro, para combater a pandemia de COVID-19.
A circulação estará limitada nos próximos dois fins de semana entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira nos 121 concelhos de maior risco de contágio.
O Governo decretou também o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana, a partir de segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia.
O número de infeções e de internamentos hospitalares tem crescido de forma exponencial e segundo a Direção-Geral da Saúde, Portugal já registou 2.896 mortes e 179.324 casos de infeção.
A pandemia de COVID-19 provocou pelo menos 1.251.980 mortos em mais de 50 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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