
"Se está tão determinado a ir para Bruxelas defender que não sejam aplicadas sanções pelo défice de 2015, peço que com a mesma firmeza vá para Bruxelas dizer não ao glifosato", disse a deputada do PEV, advertindo para o potencial cancerígeno daquela substância, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde.
Intervindo durante o debate quinzenal no parlamento, Heloísa Apolónia frisou que no próximo dia 18 de maio será decidido, no comité de peritos, se será ou não renovada a licença para a utilização daquele herbicida.
Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa, disse que aguarda o resultado da reunião do comité de peritos e que, se não houver consenso, o governo português tomará a iniciativa de proibir o uso do glifosato em meio urbano e progressivamente noutros setores.
O Ministério da Agricultura anunciou na quinta-feira que vai retirar do mercado a taloamina e todos os produtos fitofarmacêuticos que contenham aquela substância por constituírem um risco grave para a saúde humana, animal e para o ambiente.
"Os serviços da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária notificaram as empresas produtoras de fitofármacos sobre a taloamina, um coformulante utilizado nos compostos herbicidas à base de glifosato, tendo em vista a retirada imediata desta substância do mercado", refere, em comunicado, o Ministério da Agricultura.
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