É a segunda vez que a doença é detetada em território chinês este ano, depois de um casal ter morrido na Mongólica de peste pneumónica após ter consumido o rim cru de uma marmota.

Os dois novos casos foram diagnosticados em Chaoyang, um distrito de Pequim.

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A peste, causadora de uma das pandemias mais devastadoras da história humana, é provocada por uma bactéria chamada Yersina pestis. Quando essa bactéria entra no organismo humano, através da picada de uma pulga ou da contaminação pelas vias aéreas, instala-se num gânglio linfático. A bactéria passa depois para a corrente sanguínea e começa a circular por todo o organismo, provocando uma fase septicémica.

A terceira fase da doença, a mais grave, ocorre quando a bactéria se instala nos pulmões. É a fase mais perigosa porque os antibióticos podem não ser eficazes no seu tratamento.

Em suma, existem três formas de infecção por peste: a bubónica - a mais comum, que afeta os gânglios linfáticos -, a septicémica - ocorre quando a infeção se propaga pelo fluxo sanguíneo - e a pulmonar, quando afeta os pulmões.

A peste pneumónica ficou conhecida como a "peste negra" durante o século XIV e esteve na origem da morte de mais de 50 milhões de pessoas na Europa.

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Atualmente, a peste é facilmente tratada com antibióticos e com o uso de precauções padrão para evitar a infeção.

Se não for tratada, a peste pneumónica tem uma taxa de mortalidade próxima dos 100%.

A bactéria é também transmissível através do espirro ou tosse.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 2010 e 2015 foram notificados 3248 casos de peste em todo o mundo, incluindo 584 mortes.

Em Portugal, o último surto registado foi em 1899, no Porto, quando a bactéria chegou através de uma comunidade de ratos e pulgas vindos de Macau.

Em Madagascar, um surto de peste em 2017 provocou mais de 200 mortos.