“Todos desejamos que 2022 seja o ano que marca o início do fim de um período particularmente difícil para todos nós”, afirmou Elvira Fortunato na abertura do encontro nacional Ciência 2022.
Para isso, defendeu, é preciso “aproveitar de forma criteriosa e rigorosa os recursos financeiros disponibilizados pela União Europeia”.
Deverão ser aplicados “na qualificação dos portugueses, no desenvolvimento da ciência e num esforço de convergência até 2030 na ação climática e na digitalização”, referiu.
O modelo de investigação científica deve assentar na colaboração entre investigadores, instituições, empresas e sociedade civil, defendeu.
A presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Helena Pereira, salientou que Portugal tem hoje quase 55 mil investigadores científicos, uma razão de 12 por cada mil habitantes que representa um aumento de 30 por cento nos últimos cinco anos.
Em ano de 25.º aniversário da FCT, que coordena os apoios à ciência em Portugal, assinalou que em 1997 o investimento português em ciência era de 577 milhões de euros, o equivalente a 0,56 por cento do Produto Interno Bruto, e que em 2020 era de 3.236 milhões, correspondendo a 1,62%.
O investimento na ciência também aumentou no setor empresarial, que em 1997 aplicava 22,5% do orçamento na investigação e que em 2020 investia 57%.
Em 2022, trabalham 29.544 investigadores no setor público, acrescentou, destacando o papel crescente dos laboratórios colaborativos, que são atualmente 41.
Helena Pereira salientou que é precisa “estabilidade e valorização de carreira” para os cientistas, assente em objetivos nacionais e europeus, planos de carreira em todas as instituições acompanhados de avaliações de desempenho.
O encontro Ciência 2022 decorre até 18 de maio em Lisboa, com o Egito como país convidado.
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