O consumo de pepinos-do-mar pode ajudar a diminuir as doenças cardiovasculares, segundo um estudo realizado no Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve, avança a agência Lusa.

Os pepinos-do-mar são uma espécie invertebrada da família das estrelas-do-mar que, segundo a investigadora Luísa Custódio, “contêm um baixo teor de gordura e um elevado teor proteico e a fracção lipídica (gorduras) é essencialmente composta por ácidos gordos polinsaturados, os quais se encontram associados a numerosos benefícios em termos de saúde, como redução da incidência de doenças cardiovasculares”.

A investigação partiu do estudo de cinco espécies de pepinos-do-mar, em que uma destas espécies, de nome científico H. arguinensis – existente na costa portuguesa entre Peniche e o Algarve e nos Açores e ainda no Mediterrâneo e na zona nordeste do Oceano Atlântico –, contém ainda compostos com propriedades antioxidantes, acrescentou a cientista.

O estudo do CCMAR arrancou no início do ano com o objectivo de perceber se o consumo de determinadas espécies de pepinos-do-mar pode ser benéfico para a saúde humana e se aquelas espécies têm atividades biológicas relevantes.

 A sua introdução na alimentação e tratamentos medicinais teve origem na Ásia, onde os pepinos-do-mar foram sobre-explorados, estando a ser alvo de uma procura crescente na América, na Austrália e na Europa. São usualmente comercializados depois de secos com a designação de ‘Bêche-de-mer’.

17 de setembro de 2012

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