Quando, em 2024, publicaram As 100 melhores tascas de Portugal, os autores perceberam que não podiam ficar por essa centena de lugares num país tão rico em restaurantes populares com comida deliciosa e preços em conta. Vai daí, puseram-se em nova peregrinação gastronómica e reuniram mais 100: "Desta vez apontamos baterias à Grande Lisboa e ao Grande Porto por nos parecer que eram as zonas preteridas no anterior e queremos que os livros funcionam em conjunto", adiantam os jornalistas António Catarino e Rui Cardoso.

A seleção dos restaurantes que encontramos na obra com a chancela da Oficina do Livro, Mais 100 tascas imperdíveis de Portugal, teve em conta os preços praticados, a tradição da casa, a cozinha caseira, elaborada com produtos locais frescos e de acordo com o receituário tradicional, favorecendo de algum modo a economia local e os pequenos produtores. Ou o índice de popularidade, enquanto atractor de clientela. Fator decisivo, um preço (máximo) a pagar por cabeça: até 20€.

“Uma geografia da mastigação”. Eis as 100 tascas imperdíveis de Portugal
“Uma geografia da mastigação”. Eis as 100 tascas imperdíveis de Portugal créditos: Oficina do Livro

“Por isso, a designação tasca nada tem de depreciativo ou revela desprimor. Pelo contrário. Objetivo: elaborar um guia, simples e despretensioso, das melhores tascas de Portugal”, lemos na apresentação à obra.

António Catarino (Cuba, Alentejo, 1955) iniciou a carreira de jornalista n’O Comércio do Porto e escreveu durante muitos anos no diário A Bola, bem como em praticamente todas as publicações portuguesas especializadas em automobilismo. Na TSF, assinou o programa À mesa durante cerca de uma década, recomendando bons restaurantes por Portugal fora, dando frequentemente destaque a espaços modestos, autênticos e representativos da nossa gastronomia.

Rui Cardoso (Lisboa, 1953) foi jornalista do Diário Popular e do Expresso e diretor da revista Courrier Internacional. É presença habitual na SIC Notícias, analisando a atualidade internacional. De muitos anos a percorrer os caminhos de Portugal resultou um conhecimento alargado das paisagens, dos monumentos e da história das diferentes regiões, bem como da sua vertente gastronómica e dos seus restaurantes populares.  É autor de vários livros, o último dos quais, Breve história do PREC.

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