Espanha contabiliza 11.193 novos contágios e 239 mortes

Espanha contabilizou hoje 11.193 novos casos de covid-19, um terço dos quais em Madrid, elevando para 614.360 o número total de infetados até agora, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol. Por outro lado, o país registou mais 239 mortes com a doença nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 30.243.

Madrid continua a ser a comunidade autónoma com o maior número de infeções, tendo registado mais 3.438 do que o número notificado na terça-feira. Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.315 pessoas, das quais 470 em Madrid, 158 na Andaluzia e 141 na Catalunha.

Há em todo o país 9.810 pessoas hospitalizadas com a doença, das quais um terço, 3.207, em Madrid, e 1.281 pacientes estão em unidades de cuidados intensivos.

A região mais atingida, Madrid, com cerca de 6,6 milhões de habitantes num país que tem cerca de 47 milhões, decidiu tomar medidas "mais drásticas" para travar o avanço da covid-19, como o “confinamento seletivo" em áreas da cidade com uma maior incidência da pandemia, anunciaram hoje as autoridades regionais.

As medidas, que incluem restrições à mobilidade, irão muito provavelmente afetar os bairros do sul da cidade com forte presença da classe trabalhadora, onde as taxas de contágio do coronavírus têm vindo a aumentar de forma constante desde agosto.

No próximo fim de semana, as medidas serão detalhadas, pretendendo-se baixar a curva do número de pessoas infetadas, porque existe um "relaxamento" do comportamento dos cidadãos que "não se pode permitir", segundo o responsável regional da Saúde.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 936 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.878 em Portugal.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.684 mortos, mais de 378 mil casos), seguindo-se Itália (35.645 mortos, quase 291 mil casos), França (30.999 mortos, mais de 395 mil casos) e Espanha (30.243 mortos, mais de 614 mil casos).

Reino Unido regista aumento de infeções diárias com 3.991 e 20 mortes

Os números de hoje representam um aumento dos contágios relativamente aos dados de terça-feira, quando foram contabilizadas 3.105 novas infeções e 27 mortes.

O total acumulado desde o início da pandemia da covid-19 no Reino Unido passou hoje para 378.219 de casos de contágio confirmados e para 41.684 óbitos num período de 28 dias após um teste positivo.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, atribuiu hoje a escassez de testes de diagnóstico no Reino Unido, que gerou protestos de setores como a educação e a saúde, a "um aumento colossal na procura", em parte de pessoas "sem sintomas".

“O que estamos a tentar fazer agora é responder a essa demanda em velocidade recorde”, afirmou durante o debate semanal no parlamento, reivindicando que 89% das pessoas que fazem testes recebem os resultados no dia seguinte, embora tivesse prometido antes uma meta de 100% para o final de junho.

"Eu acho que a maioria das pessoas que observam o histórico deste país em termos de realização de testes em todo o território verá que se compara extremamente bem com qualquer outro país europeu”, vincou.

Johnson prometeu aumentar a capacidade para 500 mil testes por dia até o final de outubro, mas a vice-líder do Partido Trabalhista, Angela Rayner, para o chefe do Executivo se apressar a resolver os problemas.

Substituindo o líder da oposição, Keir Starmer, que se encontrava em isolamento por suspeita de infeção de um dos filhos, Rainer apontou para a “incompetência” do governo e alertou para o risco de uma segunda vaga de casos. “Tiveram seis meses para resolver isso, mas o primeiro-ministro ainda não conseguiu cumprir as suas promessas", lamentou.

Dezenas de cidadãos com sintomas, incluindo trabalhadores desservidos críticos como professores e profissionais de saúde, reclamaram nos últimos dias que eles e os familiares não conseguiram marcar testes ou que o centro mais próximo fica a centenas de quilómetros de distância.

Segundo os últimos dados oficiais, embora o Estado tenha atualmente capacidade para realizar mais 375 mil exames diários, os laboratórios processam cerca de 220 mil por dia, afetando a eficácia do sistema de detecção e rastreamento de casos de infeção, criado para conter a pandemia covid-19.

Itália regista 1.452 novos casos e 12 mortes nas últimas 24 horas

A Itália registou 1.452 novas infeções de covid-19 nas últimas 24 horas, um número superior aos 1.229 de terça-feira, mas mais de 100.000 testes foram realizados, em comparação com 80.000 do dia anterior, segundo o Ministério da Saúde. No último dia, houve 12 mortes, em comparação com as nove de terça-feira.

Com os novos dados, o número total de casos no país desde o início da emergência sanitária, a 21 de fevereiro, é de 291.442 e os óbitos de 35.645.

O número de pacientes internados em Unidades de Cuidados Intensivos continua a aumentar e chega agora aos 207, os hospitalizados com sintomas são 2.285, enquanto mais de 38.000 infetados estão isolados em casa.

Atualmente, há portanto mais de 40.000 casos ativos no país.

A região da Campânia foi a que mais novos casos registou nas ultimas 24 horas, com 186, seguida da Lombardia e Véneto com 169 infeções cada, e de Lácio, cuja capital é Roma, com 165.

Segundo a Federação Nacional de Faculdades de Medicina (Fnomceo), desde o início da pandemia em Itália, 177 médicos morreram.

A federação começou a publicar a lista dos profissionais falecidos em março, que se vem alongando e incluiu médicos no ativo, aposentados e os aposentados que voltaram ao serviço devido à emergência pandémica.

Alemanha regista quase 2.000 novos casos num só dia

A Alemanha identificou 1.901 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e seis vítimas mortais. O Instituto Robert Koch (RKI) dá conta de uma nova subida do número de infeções: Nos últimos sete dias foi registado um total de 9.128. No início de setembro o valor associado ao mesmo período estava abaixo dos 7.500.

Ainda não é claro o motivo do aumento já que, segundo o RKI, o número de testes realizados na Alemanha diminuiu, assim como as pessoas que regressam de viagem.

A entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças no país sublinhou no seu último relatório que “os contágios estão a ocorrer cada vez mais na Alemanha”.

Desde o início da pandemia de covid-19, o país contabilizou um total de 263.663 casos, de entre os quais aproximadamente 236 mil foram considerados curados. Houve ainda um total de 9.368 óbitos.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.875 pessoas dos 65.021 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.