"Já identificámos os nossos peritos e eles estão prontos para se deslocarem" [a Portugal], disse à agência Lusa em Genebra o porta-voz da organização, Christian Lindmeier.

O responsável acrescentou que da parte da OMS "não há recomendações especiais, já que as autoridades ainda têm de identificar a fonte do surto", que está concentrado em três freguesias do concelho de Vila Franca de Xira.

Lindmeier reiterou que, caso seja necessário, os especialistas da organização estão prontos para apoiar as autoridades sanitárias portuguesas, que já notificaram a OMS do surto.

O porta-voz da OMS destacou as medidas preventivas já tomadas pelas autoridades portuguesas e apontou que o risco de propagação internacional é mínimo, já que a zona afetada não é muito frequentada por turistas.

Christian Lindmeier lembrou que não ocorreu nenhum contágio "por consumo de água na zona afetada" e frisou que "não existe contaminação direta de pessoa para pessoa" na doença do legionário.

A OMS considerou hoje como “uma grande emergência de saúde pública” o surto da doença do legionário em Portugal.

A legionella, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detetada na sexta-feira no concelho de Vila Franca de Xira, tendo provocado a infeção em mais de 230 pessoas e a morte de cinco.

Todos os casos, de acordo com a Direção-geral da Saúde portuguesa, "têm ligação epidemiológica ao surto que decorre em Vila Franca de Xira".

A doença do legionário transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.