As forças de Bashar al-Assad atacam sistematicamente os hospitais, as clínicas e as equipes médicas há quatro anos, segundo o documento da ONG Physicians for Human Rights.

A organização indicou que 139 dos 610 trabalhadores médicos assassinados foram torturados ou executados.

No total, o documento detalha 233 ataques contra 183 hospitais e clínicas, alguns deles com barris explosivos.

"O governo sírio recorreu a todo tipo de técnicas: prisões nas salas de urgência, bombardeio de hospitais, tortura e inclusive assassinato de médicos que tentam atender os feridos ou doentes", denunciou Erin Gallagher, diretor de investigação da ONG.

Segundo o organismo, o governo de Damasco é responsável por 88% dos ataques contra hospitais sírios nos últimos quatro anos e por 97% das mortes das equipas médicas.

Estes ataques são considerados uma violação ao direito humano internacional, mas "quando são generalizados e sistemáticos, como ocorre na Síria, constituem um crime contra a humanidade", indica o documento.

Os números apresentados pela ONG no documento intitulado "Médicos na mira: quatro anos de ataques contra as equipas médicas na Síria", usa fontes locais.

"Os líderes mundiais não devem permitir que estes ataques se banalizem", acrescentou a diretora-geral da ONG, Donna McKay.

O ano de 2013 foi o mais mortal para os trabalhadores da saúde, com 171 assassinatos.