A psicóloga Maria José Vilaça, que em 2016 foi criticada por ter dito que ter um filho gay era como ter um filho toxicodependente, voltou a ser alvo de declarações - no mínimo polémicas - que motivaram várias queixas à Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP). Segundo o jornal Público, a OPP já está a analisar o assunto.

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Na quinta-feira, a estação de televisão TVI exibiu uma reportagem na qual a psicóloga surge a equiparar a homossexualidade a uma perturbação psicológica ou a "um surto psicótico". As declarações foram registadas em vídeo, através de uma câmara oculta, durante uma sessão terapêutica de "reorientação sexual", realizada na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no Lumiar, em Lisboa.

Psicóloga desmente

Questionada perante a divulgação das imagens, a psicóloga desmentiu que se tratasse de uma terapia, qualificando a sessão como uma consulta de "acompanhamento espiritual".

No entanto, numa das filmagens, Maria José Vilaça declara: "conheço um rapaz que disse à mulher, e a certa altura assumiu-se como homossexual publicamente e, de repente, passou-lhe tudo e voltou para casa".

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"É como uma pessoa bipolar. Na fase maníaca é homossexual, quer sair de casa, é defensor do lobby gay até à 'última casa'; na fase normal, ou tendencialmente mais depressiva, volta outra vez para casa, quer ser outra vez heterossexual", acrescenta.

Maria José Vilaça acaba por concluir que o que essa pessoa que assumiu a homossexualidade viveu "foi uma fase maníaca, quase como um surto psicótico".

A Associação Americana de Psiquiatria retirou em 1973 a homossexualidade da lista de perturbações psiquiátricas. No início da década de 90 do século passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade uma patologia, garantindo que a orientação sexual não pode ser alvo de tratamento.