"Os médicos e outros profissionais de saúde com infeção prévia a SARS-CoV-2 contraíram a doença, na maioria dos casos, no exercício profissional e encontram-se novamente em risco para a sua saúde devido à possibilidade de reinfeção e podem ser veículo de transmissão da doença na comunidade e, em particular, a doentes mais fragilizados que necessitam de cuidados de saúde por patologia não-Covid", explica a Ordem dos Médicos em comunicado.
"A evidência científica disponível documenta um risco crescente de reinfeção após os 90 dias, sobretudo nos indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos e nos imunodeprimidos. É, igualmente, de considerar um aumento do risco em resultado da circulação de novas variantes", acrescenta a nota.
"De referir que esta recomendação de vacinação segue as orientações da Organização Mundial de Saúde e já está em vigor em muitos outros países, tais como França, Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido e EUA", lê-se.
"O risco acrescido que os médicos enfrentam nas várias linhas de atividade, a existência de muitos casos de infeção recente sem tradução nos testes serológicos e o aumento da capacidade de vacinação no âmbito da resposta nacional à pandemia a SARS-CoV-2 tornam urgente a rápida revisão da norma 002/2021 da Direção-Geral da Saúde que impede que os profissionais de saúde que já estiveram infetados pelo SARS-CoV-2 possam ser vacinados na primeira fase de vacinação", refere ainda o comunicado.
Segundo a nota, o Bastonário e o Gabinete de Crise estão, desde o primeiro momento, solidários e disponíveis para colaborar no Plano Nacional de Vacinação Contra a Covid-19 (PNVC), de tal forma que o bastonário assumiu a responsabilidade de coordenar a campanha de vacinação junto dos médicos que não tinham tido ainda acesso à vacina.
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