
Apesar de se congratular com o imposto já aplicado sobre as bebidas açucaradas, a Ordem dos Nutricionistas considera que ainda há muito por fazer, designadamente ao nível de programas que promovam hábitos alimentares mais saudáveis.
"A taxa sobre as bebidas açucaradas revelou-se uma excelente medida, com o consumo de refrigerantes a apresentar uma quebra muito expressiva, passando de uma média mensal superior a 29 milhões de litros, em fevereiro, para pouco mais de oito milhões em abril de 2017. Mas não basta, é preciso agora utilizar a verba arrecadada com este imposto em programas de literacia alimentar", salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
Em Portugal, 32,3% dos adolescentes têm excesso de peso ou obesidade e, segundo a Bastonária, "o excesso de consumo de açúcar reflete-se nestes dados".
Segundo a nutricionista, "este estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge veio reforçar a urgência da implementação das medidas previstas na recém-publicada Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável".
A Ordem do Nutricionistas reuniu na terça-feira com a Secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, com o objetivo de apresentar novos caminhos para a melhoria da alimentação nas escolas, nomeadamente através da implementação de programas de literacia alimentar.
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