O anúncio dos vencedores de bolsas do Conselho Europeu de Investigação (ERC na sigla original) foi hoje feito, tendo um projeto de investigação liderado por Maria João Amorim, no Instituto Gulbenkian de Ciência, recebido uma bolsa de 2,87 milhões de euros, para cinco anos.

O projeto LOFlu, sobre o vírus da gripe “irá abrir caminho a novas estratégias antivirais”, e os resultados do estudo poderão “proporcionar novos meios para limitar as infeções e contribuir também para a investigação de biomedicina” e de questões relacionadas com doenças neurodegenerativas e alguns cancros, diz-se num comunicado da representação da Comissão Europeia em Portugal.

Segundo os resultados hoje divulgados pelo ERC, foram também selecionados outros cinco investigadores em instituições portuguesas: Ana João Rodrigues da Universidade do Minho, Miguel Carneiro do Instituto de Ciências, Tecnologias e Agroambiente da Universidade do Porto, Patrícia Vieira do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e Raquel Oliveira e Ricardo Henriques da Fundação Calouste Gulbenkian.

Foram ainda selecionados mais cinco investigadores portugueses, mas que estão a trabalhar em centros de investigação noutros países da União Europeia.

Os projetos de investigação são financiados através do programa de investigação e inovação Horizonte 2020.

De acordo com os resultados agora divulgados 37% dos apoios foram concedidos a mulheres, segundo a Comissão Europeia a percentagem mais elevada desde o início deste regime de subvenções.

“Globalmente, a taxa de sucesso das mulheres foi de 14,5 % e a dos homens de 12,6 %”, diz a Comissão, segundo a qual a ronda de bolsas “deverá criar mais de 2.000 postos de trabalho para pós-doutorados, doutorandos e outro pessoal que trabalhe na equipa de investigação dos bolseiros”.

Ao todo o ERC distinguiu 327 investigadores em 23 países, com um apoio total de 655 milhões de euros. A Alemanha e o Reino Unido com 50 bolsas cada, a França com 34 e a Holanda com 29 foram os países com mais atribuições.