13 de dezembro de 2013 - 08h25
Os novos casos de cancro no mundo aumentaram em 2012 para 14,1 milhões, com 8,2 milhões de mortes, números que subiram 11% e 8,4%, respetivamente, desde 2008, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicadas na quinta-feira.
Há quatro anos, a OMS tinha calculado em 12,7 milhões os novos casos e em 7,6 milhões as mortes.
Estes números foram apresentados pelo Centro Internacional de Investigação sobre o Cancro (CIRC, em francês), uma agência especializada da OMS com sede em Lion, leste de França, com dados sobre 28 tipos de cancro em 184 países.
Os tipos de cancro diagnosticados com mais frequência são os de pulmão (1,8 milhão, 13% do total), de mama (1,7 milhão, 11,9% do total) e de cólon (1,4 milhão, 9,7% do total).
O cancro do pulmão é o que causa mais mortes (1,6 milhão, 19,4% do total), seguido do de fígado (800.000, 9,1% do total) e de estômago (700.000, 8,8% do total).
Segundo a OMS, o número de casos de cancro de mama aumentou 20% desde 2008 e a mortalidade relacionada com esse tipo de cancro cresceu 14%. Além disso, o canro de mama representa 25% dos casos de cancro diagnosticados nas mulheres.
No total, anualmente são diagnosticados 1,7 milhões de casos femininos. Em 2012, 6,3 milhões de mulheres viviam com cancro de mama diagnosticado nos cinco anos anteriores.

Cancro de mama é o que mais mulheres mata
O tumor da mama é a causa mais frequente de morte por cancro entre mulheres (522.000 mortes) e o tipo diagnosticado com mais frequência em 140 países dos 184 estudados.
Também é uma das principais causas de morte por cancro nos países menos desenvolvidos. A OMS pediu o desenvolvimento de "enfoques eficazes e acessíveis para a deteção precoce, o diagnóstico e o tratamento" das mulheres que vivem nessas regiões, afirma Christopher Wild, diretor do CIRC.
As projeções feitas com base nesses dados antecipam um aumento considerável de 19,3 milhões de novos casos de cancro por ano até 2025 devido ao crescimento demográfico e ao envelhecimento da população mundial.
Mais de metade de todos os casos de cancro (56,8%) e das mortes pela doença (64,9%) em 2012 foram registradas nas regiões menos desenvolvidas do mundo, e esses índices vão aumentar até 2025.
SAPO Saúde com AFP