“Não será a última variante de preocupação”, afirmou na videoconferência de imprensa regular da OMS a líder técnica de resposta à covid-19 na organização, Maria Van Kerkhove, quando questionada se a Ómicron, a mais transmissível das variantes do SARS-CoV-2, será a última estirpe do coronavírus a circular.
A epidemiologista realçou, numa referência à Delta e à Ómicron, que “as variantes estão a competir e a evoluir”, apontando a vacinação, que previne a doença grave e a morte, e as medidas de saúde pública, como o uso de máscaras, o distanciamento físico e a lavagem frequente das mãos, como as “duas partes da equação” para travar as oportunidades de o vírus circular e originar novas estirpes, mais ou menos severas.
“Há ainda muitas oportunidades para o vírus se espalhar e gerar novas variantes”, acentuou o diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan.
“Equidade, equidade, equidade”, insistiu, momentos antes, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reiterando que o fim da pandemia da covid-19 depende da igualdade no acesso às vacinas.
Ghebreyesus voltou a lembrar que há países, sobretudo os mais pobres, que continuam com baixas taxas de vacinação, por falta de acesso a vacinas, traduzindo-se essa realidade no aparecimento de novas variantes do vírus, além de mais casos de doença grave e mortes.
A pandemia da covid-19 provocou mais de 5,4 milhões de mortes em todo o mundo, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa AFP.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.054 pessoas e foram contabilizados 1.539.050 casos de infeção, de acordo com dados atualizados da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado há dois anos em Wuhan, cidade do centro da China.
Atualmente, segundo a classificação da OMS, existem cinco variantes de preocupação do SARS-CoV-2, sendo que a Ómicron, a mais recente, é a mais transmissível de todas.
Devido à Ómicron, vários países, incluindo Portugal, ultrapassaram diversas vezes os máximos diários de novas infeções.
Apesar da sua elevada transmissibilidade, esta variante é menos severa quando comparada com a antecessora Delta, sendo que na maioria dos casos se tem revelado assintomática ou provocado sintomas ligeiros.
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