Anunciado como um "super alimento" por uma vasta comunidade de marcas e adeptos da vida saudável, o óleo de coco é, afinal, "uma das piores coisas que se pode comer". A garantia é da médica e epidemiologista Karin Michels, docente numa das instituições de ensino mais prestigiadas dos mundo, a Universidade de Harvard.

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Defendido por alguns entusiastas da nutrição como uma opção natural e saudável, este ingrediente é rico em ácidos gordos saturados, que aumentam o colesterol mau (LDL), o que para Karin Michels, que é também diretora do Instituto de Prevenção e Epidemiologia de Tumores da Universidade de Friburgo na Alemanha, é "puro veneno".

Apesar da poderosa campanha de marketing que advoga os benefícios do óleo de coco, não há, na realidade, estudos que o comprovem do ponto de vista científico. Há, sim, a certeza de que o óleo de coco tem mais de 80% de gordura saturada, que é, sem dúvida, altamente maléfica para a saúde. "Puro veneno", resume a professora universitária ao longo da sua palestra na Alemanha.

"Nada saudável", dizem cientistas

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Segundo a BBC, o óleo de coco é visto pela comunidade científica como uma gordura "nada saudável", embora a opinião pública tenha uma outra percepção - mais positiva - em relação àquele ingrediente.

Este alimentos contém níveis de gorduras saturadas muito altos (86%), maiores do que os da manteiga (51%) ou da banha de porco (39%), por exemplo.

No Reino Unido, a maioria dos nutricionistas defende que o consumo do óleo de coco, por ser rico em gordura saturada, deve ser feito apenas em ocasiões pontuais, usando, em alternativa, gorduras como o azeite ou o óleo de girassol.

O vídeo (sem legendas e em alemão) da conferência da professora de Harvard está a tornar-se viral nas redes sociais.

A "American Heart Association" já tinha alertado, em junho de 2017, para os malefícios decorrentes do consumo exagerado de óleo de coco para a saúde cardiovascular.