“Este momento fez-me sorrir muito. Penso que foi a experiência que mais me aproximou de escalar novamente, foi mesmo como se eu estivesse lá”, partilhou João Sousa, tetraplégico há sete anos.
Praticante de escalada desde criança, João Sousa evoluiu nesta modalidade até à alta competição e seguiu esta vocação também no ramo profissional.
Desta paixão ficaram muitos amigos e memórias, reavivadas no fim de semana, através de óculos de realidade virtual com visão 360 graus e a tecnologia 5G da Nos.
Marco Cunha, João Évora e Sérgio Sá foram os três escaladores experientes e parceiros do João Sousa que, devidamente equipados, percorrerem a via número 24 do Penedo da Meadinha, na Serra da Peneda, transmitindo o percurso em tempo real.
A 270 km de distância desse local, no Pavilhão Desportivo onde habitualmente treinava, em Paião (concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra), João Sousa acompanhou a subida dos amigos, com som e imagem, numa experiência “muito próxima da realidade”.
“Houve muitas sensações envolvidas: sofri com os meus amigos porque reconheço a dificuldade de escalar paredes como o Penedo da Meadinha, consegui perceber a altura a que chegávamos durante o percurso, vi as casas ficarem cada vez mais pequenas, dialogámos como o faríamos se eu estivesse lá e as mãos do João Évora acabaram por ser as minhas”, descreveu.
A experiência permitiu “reavivar memórias e matar um pouco as saudades de escalar”.
“Só posso agradecer à Nos, à Associação Salvador e aos meus amigos que se dedicaram a 100% a este momento. O meu desejo é que experiências como esta possam, um dia, estar acessíveis para todos”, referiu.
Já a diretora de Responsabilidade Social e Comunicação Corporativa da Nos, Margarida Nápoles, sublinhou que “a tecnologia pode e deve ser utilizada na promoção do bem-estar social, pela capacidade que tem em quebrar barreiras, sejam elas físicas, geográficas ou mesmo culturais”.
“O 5G em particular, pelas suas características únicas, permite feitos extraordinários. Devolver ao João, ainda que por pouco tempo, a emoção de voltar a escalar, é o que nos faz querer continuar a testar os limites da tecnologia, colocando-a ao serviço das pessoas”, concluiu.
Comentários