Conhecido como Solanezumab, o fármaco é um anticorpo monoclonal que tem a capacidade de impedir o desenvolvimento das placas de proteínas beta-amilóide que se formam no cérebro e dão origem à doença.
Este tipo de demência afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo e não existe até agora nenhum tratamento eficaz.
Numa primeira fase, em 2012, os primeiros testes ao Solanezumab não revelaram resultados positivos. Em 2014, um editorial publicado no New England Journal of Medicine indicava que, um quarto dos pacientes estudados nos primeiros ensaios poderiam sofrer de demência, mas não de Alzheimer, e que os ensaios científicos deveriam assim continuar em pessoas com Alzheimer confirmado.
Desta vez, os investigadores realizaram ensaios controlados, envolvendo 1.322 pessoas com a doença de Alzheimer em estádios iniciais: alguns receberam o medicamento imediatamente, outros depois de um período de dois anos. Nem médicos, nem pacientes sabiam quem recebia a pílula de açúcar ou o fármaco.
Quando os pesquisadores compararam a função cognitiva dos dois grupos, após dois anos do estudo, a diferença foi "estatisticamente significativa", segundo divulga a Eli Lilly em comunicado.
Este será o primeiro tratamento capaz de impedir o avanço desta doença neurológica degenerativa, desde que detetada precocemente.
O estudo foi publicado na revista Alzheimer's and Dementia: Translational Research and Clinical Interventions, e foi discutido na Conferência Anual da Associação de Alzheimer, esta semana, em Washington, Estados Unidos.
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