22 de fevereiro de 2013 - 12h09
O novo coronavírus da família do que causa a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) fez mais uma vítima mortal na Arábia Saudita, aumentando para sete o número de mortes no mundo, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A organização, que cita o Ministério da Saúde da Arábia Saudita, diz que a vítima foi hospitalizada a 29 de janeiro e morreu a 10 de fevereiro, tendo o caso sido confirmado laboratorialmente no dia 18.
O caso, que continua a ser investigado, eleva para 13 o número de infeções registadas pela OMS desde que a doença foi detetada pela primeira vez, em meados do ano passado, e para sete o número de mortes - após três outras vítimas na Arábia Saudita, duas na Jordânia e uma no Reino Unido.
Este último paciente, que tinha um problema de saúde anterior, era um de três membros da mesma família diagnosticados com o novo coronavírus, que terá sido apanhado por um dos familiares durante uma viagem recente ao Médio Oriente e Paquistão.
A agência de proteção sanitária britânica continua a investigar o caso desta família, informa a OMS.
No seu comunicado, divulgado na quinta-feira à noite, a OMS apela a todos os Estados membros que mantenham a vigilância e revejam cuidadosamente todos os padrões pouco usuais.
Recomenda análises para despistar o novo coronavírus em pacientes com pneumonias inexplicadas ou com doenças respiratórias inexplicadas, severas, progressivas ou complicadas que não respondam ao tratamento, especialmente em pessoas que tenham viajado ou residam em áreas do mundo afetadas.
Quaisquer casos de infeções respiratórias severas agudas em profissionais de saúde ou em grupos devem ser investigados aprofundadamente, independentemente do lugar do mundo em que aconteçam, sublinha a OMS, que recorda ainda ser necessário notificar a organização de quaisquer novos casos da nova infeção.
A OMS informa que continua a monitorizar atentamente a situação, mas até agora não recomendou quaisquer restrições comerciais ou a viagens devido à doença.
Os coronavírus são uma vasta família de vírus que inclui os que causam a gripe comum, mas também a SARS, que em 2003 matou cerca de 800 pessoas numa epidemia que alastrou sobretudo na Ásia.
O novo coronavírus, identificado pela primeira vez em setembro de 2012 após a morte de um doente em junho do mesmo ano, é, no entanto, diferente do que provocou a SARS, já que causa uma falência renal rápida.
Lusa