A resolução foi aprovada na noite de terça-feira com 54 votos a favor e 47 contra, apesar da oposição do Governo conservador.

Para alcançar o objetivo, a Noruega terá que investir na chamada compensação de carbono - projetos de redução líquida de CO2 na atmosfera, através do reflorestamento ou da melhoria da eficiência energética em países pobres, por exemplo.

O ministro do Clima e do Meio Ambiente, Vidar Helgesen, afirmou numa carta endereçada ao Parlamento que a iniciativa era prematura e cara, dizendo que poderia custar mais de 3,2 mil milhões de euros por ano aos cofres do Estado.

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A oposição, no entanto, defende a iniciativa. "Seria menos dispendioso e as consequências para a sociedade seriam menores se adiássemos esta medida?", questiona Terje Aasland, do Partido Trabalhista.

Como principal produtor de petróleo da Europa Ocidental, a Noruega é um grande emissor de gases com efeito de estufa, mas também é um defensor da luta contra as alterações climáticas.

As suas emissões de gases com efeito de estufa aumentaram 1,5% em 2015 em relação ao ano anterior, principalmente depois de um novo campo de petróleo entrar em operação. A maioria da sua eletricidade, no entanto, já é gerada com base na tecnologia hidroelétrica.

Esta semana, a a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) dos Estados Unidos anunciou que as temperaturas globais do mês de maio foram as mais altas alguma vez registadas para esse mês.