“Todas as regiões de Portugal continental e a Região Autónoma da Madeira reportaram casos, dos quais 625 (78,5%) na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo”, adiantou a DGS na atualização semanal sobre a evolução da doença no país.

De acordo com a autoridade de saúde, até quarta-feira, foram reportados 796 casos no SINAVEmed (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), a maior parte dos quais pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos (44%).

Segundo os dados da DGS, 99% das infeções foram registadas em homens (788), tendo sido notificados oito casos em mulheres.

A DGS avançou ainda que a recente média de novos casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox “corrobora a desaceleração observada na notificação e, por aproximação, da transmissão da infeção”.

Em 16 de julho foi iniciada a vacinação dos primeiros contactos próximos e, até quarta-feira, já tinham sido vacinadas 388 pessoas, adiantou o departamento liderado por Graça Freitas, ao adiantar que continuam a ser identificados e orientados para esse processo os contactos elegíveis nas diferentes regiões do país.

“A DGS, em articulação com o Infarmed e a Comissão Técnica de Vacinação, está a analisar e a avaliar as condições de operacionalização, disponibilização e equidade na gestão da reserva limitada de vacinas para a abordagem da vacinação preventiva”, sublinhou ainda o comunicado da direção-geral.

A DGS sublinhou que esta avaliação abrange aspetos técnicos e logísticos, para além da autorização de utilização excecional e capacitação de profissionais de saúde para a utilização de doses reduzidas de vacinação para adultos.

De 01 de janeiro a 30 de agosto, foram reportados à Organização Mundial da Saúde 47.751 casos confirmados e 302 casos prováveis de infeção humana pelo vírus VMPX em 101 países, tendo sido registadas 15 mortes.

Os sintomas mais comuns da infeção por Monkeypox são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

O vírus Monkeypox transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.