Moçambique conseguiu diagnosticar 73% das pessoas infetadas até finais de 2018, com perspetiva de chegar aos 80% em 2019, num contabilidade ainda por consolidar, referiu Francisco Mbofana, vice-presidente do mecanismo de coordenação do país do Fundo Global para combate à sida, malária e tuberculose, à margem de uma reunião de avaliação do trabalho no terreno.

O país procura enquadrar-se na estratégia 90-90-90, um conjunto de metas a alcançar até final de 2020 em que as Nações Unidas esperam que 90% de todas as pessoas que vivem com HIV conheçam o seu estado, que 90% das pessoas diagnosticadas recebam terapia antirretroviral e que 90% destas possuam carga viral suprimida e não possam mais transmitir o vírus.

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Moçambique desenvolveu também uma abordagem da Organização Mundial da Saúde (OMS) designada "testar e iniciar: que todos iniciem o tratamento imediatamente após um diagnóstico positivo".

A direção do Fundo Global defende que sejam desenvolvidos "sistemas de saúde resilientes e sustentáveis para que no dia em que os recursos [dos doadores] diminuírem possa funcionar com os mesmos serviços".

A formação dos recursos humanos no local certo e retê-los no local de trabalho é dos mais importantes desafios do setor, concluiu.

O Fundo Global aprovou no último ano um total de 750 milhões de dólares (675 milhões de euros) para o combate à sida, malária e tuberculose até 2030 em Moçambique.

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 O número de mortes e nova infeções por VIH baixou em 2018, segundo dados do Conselho Nacional de Combate ao Sida (CNCS) de Moçambique.

Em 2018, a doença matou 53.886 pessoas contra 54.765 em 2017 e registaram-se 145.038 novas infeções contra 146.638 no ano anterior.

Mais de 1,2 milhões de moçambicanos estavam em tratamento antirretroviral em 2018, um aumento em relação ao ano anterior, em que o valor era pouco superior a 1,1 milhões.

Dados oficiais indicam que 13,2% da população moçambicana com idade entre 15 e 49 anos está infetada pelo HIV.