“Nós identificámos ontem [quarta-feira] o primeiro caso de varíola dos macacos no nosso país”, de um total de 49 casos suspeitos testados, declarou Armindo Tiago durante uma conferência de imprensa em Maputo.
Segundo o governante, a doença foi diagnosticada num homem que chegou ao hospital na terça-feira com “febres e lesões cutâneas”, além de um “histórico de uma viagem internacional recente”.
“A amostra foi colhida no mesmo dia e levada ao Instituto Nacional de Saúde, onde foi confirmado o diagnóstico pela técnica de PCR”, acrescentou o ministro da Saúde moçambicano, referindo que o paciente se encontra em isolamento num hospital da cidade de Maputo, com um “estado de saúde satisfatório”.
Armindo Tiago avançou que decorre o rastreio de todos os contactos do caso, além de uma formação de todos os profissionais de saúde em matérias de diagnóstico e manejo de casos de varíola de macacos.
“Apesar desse anúncio, nós devemos manter a calma e a tranquilidade”, apelou o ministro, referindo que se vai “intensificar a vigilância epidemiológica” e a prontidão do setor da Saúde para o “rápido diagnóstico de casos suspeitos”.
Os sintomas mais comuns da infeção por Monkeypox, ou varíola do macaco, são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.
O vírus Monkeypox transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.
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