“Já disse isso. Não vai haver encerramento de maternidades por falta de ginecologistas/obstetras”, frisou a governante, à margem da celebração do terceiro aniversário da primeira unidade de cuidados continuados para crianças com doenças crónicas da Península Ibérica — Kastelo, em Matosinhos, distrito do Porto.
Marta Temido referiu que para “melhor responder” aquilo que é a atividade normal num período difícil, que é o período de férias, o Ministério da Saúde vai introduzir alterações na zona de Lisboa e Vale do Tejo.
“Sei que na zona Norte do país tem havido da parte de algumas direções de serviço alguma incompreensão sobre algumas escolhas que foram feitas pelo Ministério da Saúde em termos de distribuição de vagas”, frisou.
Contudo, explicou que existe um número limitado de recursos humanos e, por isso, a sua gestão tem de ser feita o melhor possível, canalizando essas para zonas mais carenciadas.
Independentemente de ter perceção de que existem zonas do país onde poderia haver um reforço de especialistas, a ministra reforçou que a distribuição de vagas é para sítios mais carenciados.
A título de exemplo, Marta Temido recordou que o Hospital de Beja tem apenas cinco gnecologistas/obstetras.
Sobre as reivindicações de mais vagas para o Norte, a tutelar da pasta da Saúde disse compreender os diretores de algumas unidades, acrescentando que o Ministério da Saúde quando faz a distribuição de vagas a nível nacional tem de ter em conta não só as necessidades da região, mas do todo nacional.
“Se é certo que o Norte poderia ter, eventualmente, ainda algumas necessidades por satisfazer, de referir que entre 2015 e 2018 todos os hospitais com maternidades da ARS [Administração Regional de Saúde] Norte tiveram acréscimo de recursos humanos na área da ginecologia/obstetrícia”.
Na semana passada, o jornal Público avançou que as urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa vão estar encerradas durante o verão, fechando rotativamente uma de cada vez, devido à falta de especialistas.
Posteriormente, os responsáveis pelas maternidades da zona Norte também se mostraram preocupados com a possibilidade de não terem capacidade para garantir as urgências durante o verão, elaborando mesmo uma carta à governante.
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