26 de março de 2014 - 16h22
O Ministério da Saúde solicitou à Unidade de Saúde Familiar (USF) que segue a utente de Vaqueiros com paralisia cerebral, para que passe a disponibilizar consultas domiciliárias a esta paciente.
Em causa está uma utente com paralisia cerebral que vive em Vaqueiros, Santarém, que tem feito o percurso para o centro de saúde de cadeira de rodas pela estrada nacional, empurrada pela mãe, uma vez que só há um autocarro às 07:30 e a carrinha da Junta de Freguesia não está adaptada a cadeiras de rodas.
“Pedimos à USF que segue esta senhora que disponibilize consultas domiciliárias”, afirmou o ministro da Saúde, Paulo Macedo, aos jornalistas, questionando contudo o motivo por que tal ainda não acontecia, se é algo que está previsto.
Questionado sobre quando poderá haver médico de família para todos os utentes, Paulo Macedo não se comprometeu com datas, afirmando estar disponível para negociar com os sindicatos para haver um número adicional de utentes por médico de família durante um período delimitado.
“O número de reformados acentuou-se em 2011 e 2012, pelo que a vontade de recrutar todos os médicos não chega para atingir o nosso desiderato de dar um médico de família a todos os utentes”, disse.
Entre as medidas em curso para dar resposta a esta necessidade, Paulo Macedo referiu a contratação excecional de médicos reformados, a ampliação da assistência a médicos estrangeiros e o ajuste das próprias listas de espera.
“Estamos disponíveis para conversar com os sindicatos para ver se, num período de três ou quatro anos, vamos ter falta de médicos de medicina geral e familiar”, acrescentou.
Lusa