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Miomas uterinos afetam entre 20 a 40 por cento das mulheres em idade reprodutiva
30 de maio de 2013 - 14h12
A presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) alertou hoje para os riscos da diminuição das consultas de prevenção que podem resultar no agravamento de situações que podiam ser detetadas e tratadas atempadamente.
Na véspera de uma reunião da SPG, dedicada ao tema “A mulher e o ciclo da vida”, Fernanda Águas disse que muitos ginecologistas têm comentado a diminuição das consultas de rotina, devido à crise.
Apesar dessa diminuição não se sentir no hospital público onde trabalha, Fernanda Águas disse que tem conhecimento desta diminuição e mostra-se preocupada com o desinvestimento na prevenção que é muito útil para identificar atempadamente problemas.
“Menos prevenção pode levar a que comecem a aparecer situações que podiam ser detetadas e tratadas mais precocemente”, disse.
Na reunião que começa sexta-feira e decorre até sábado nas Caldas da Rainha será apresentado o primeiro Consenso Nacional sobre os Miomas Uterinos, um documento que será a base para as linhas de orientação clínica ao nível do tratamento dos miomas uterinos.
“Mesmo antes da Direção Geral da Saúde (DGS) emitir as Normas de Orientação Clínica e das orientações da troika já nós [SPG] fazíamos isto há muito tempo”, disse.
Este consenso resulta da análise das publicações nacionais e internacionais mais recentes e “é muito útil para os profissionais”, disse.
Para o público em geral, a especialista considera que o mais importante é perceberem que os miomas são uma patologia muito frequente, que não é grave, mas cuja sintomatologia pode por em causa a qualidade de vida das mulheres.
Os miomas uterinos afetam entre 20 a 40 por cento das mulheres em idade reprodutiva e são uma patologia bastante comum nas mulheres.
Em Portugal, os miomas afetam dois milhões de mulheres.
Lusa
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