As descobertas podem resolver uma antiga discussão, afirma Steve Horvath, professor de genética humana e bioestatística na Escola de Medicina David Geffen School da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Estados Unidos.
"Durante décadas, os cientistas discordaram sobre se a menopausa envelhece ou se o envelhecimento causa a menopausa", disse Horvath, autor principal do estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
"É como a discussão do ovo e da galinha: qual veio primeiro? O nosso estudo é o primeiro a demonstrar que a menopausa antecipa o processo de envelhecimento", acrescenta o cientista.
Steve Horvath e outros investigadores analisaram amostras de ADN de mais de 3.100 mulheres em pós-menopausa.
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Medindo a idade biológica de células do sangue, da saliva e do interior da bochecha, os investigadores foram capazes de definir a relação entre a idade cronológica de cada mulher e a idade biológica do seu corpo. "Descobrimos que a menopausa acelera o envelhecimento celular em 6% em média", disse Horvath.
Uma mulher que entra na menopausa precoce aos 42 anos, por exemplo, envelhece mais rapidamente ao longo dos próximos oito anos do que uma mulher que entrou na menopausa aos 50.
Quando essa mulher de 42 anos chegar aos 50, o seu corpo será biologicamente um ano mais velho do que o de uma mulher que entrou na menopausa aos 50, defende o estudo.
Uma vez que o sangue envelhece mais rápido assim que a mulher entra na menopausa, o resto do corpo provavelmente também se deteriora mais rápido, com possíveis implicações em relação a doenças, supõe o estudo.
Steve Horvath diz que a notícia não é de todo "má" para as mulheres. No futuro, os médicos vão poder usar o relógio epigenético das mulheres - o rastreamento de alterações no ADN ao longo do tempo - para ajudar a decidir sobre tratamentos preventivos como terapias hormonais.
"Os investigadores não precisarão de acompanhar as pacientes durante anos para verificar a sua saúde e a ocorrência de doenças", comentou.
"Em vez disso, poderemos usar o relógio epigenético para monitorar a taxa de envelhecimento das células e avaliar quais terapias retardam o processo de envelhecimento biológico", acrescentou.
"Isso pode reduzir significativamente a duração e os custos dos ensaios clínicos e acelerar os benefícios para as mulheres", completou.
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