Graciela, de oito anos, começou a tomar na terça-feira "uma dose de 0,23 ml duas vezes por dia" do medicamento Charlotte's Web, disse Raúl Elizalde, pai da menina, escreve a agência France Presse.
"Ainda é cedo para saber se está a funcionar. Os médicos acreditam que os efeitos positivos poderão ser observados em dois meses", acrescentou Elizalde.
Graciela, que vive em Monterrey, sofre de uma severa forma de epilepsia conhecida como síndrome de Lennox-Gastaut.
No mês passado, um juiz concedeu a autorização para a utilização daquele canabidiol (CBD), o que provocou objeções dentro do governo mexicano, afogado numa sangrenta guerra contra o narcotráfico.
Ainda assim, o ministério da Saúde comprometeu-se a ajudar na importação do fármaco produzido pela farmacêutica britânica GW Pharmaceuticals, que continua em fase de testes.
Em abril, a GW Pharmaceuticals publicou um estudo baseado em 137 crianças e adultos, tratados em 11 hospitais diferentes, que refere que este medicamento reduziu em 54% o número de ataques epiléticos.
O comércio e consumo de canábis não é legal no México. O Uruguai foi o primeiro país da região a legalizar a produção, venda e consumo em 2013. O Chile seguiu o mesmo caminho em julho de 2015.
Nos Estados Unidos, vizinho do México, mais de 20 estados já legalizaram a canábis.
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