A notícia é avançada pelo jornal Público.

Durante os anos da crise, entre 2010 e 2015, os médicos inquiridos para um estudo publicado na última edição da Ata Médica Portuguesa deram conta de um aumento da procura dentro do SNS e, em simultâneo, uma redução dos serviços oferecidos.

O incremento da procura dos serviços públicos pode ser explicado pelo aumento de algumas doenças — sobretudo mentais — relacionadas com o desemprego que “tipicamente acontece durante uma crise económica”, segundo os autores.

Do ponto de vista financeiro, muitos dos entrevistados queixaram-se de que o seu salário no SNS diminuiu mais de 30%, uma redução não compensada pelo horário de trabalho que aumentou cerca de duas horas por semana.

Para o estudo "Percepções e reacções à crise económica dos médicos no SNS", do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Escola Nacional de Saúde Pública, Nova School of Business and Economics e o Centro de Investigação em Saúde Pública, foi inquirida uma amostra aleatória de 484 profissionais do Hospital de São José (Lisboa) e dos agrupamentos de centros de saúde de Cascais e da Amadora.

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