“É decisão da associação médica não continuar com a greve, pelo menos provisoriamente”, disse Napoleão Viola, secretário-geral da AMM, citado hoje pelo jornal O País.
A 23 de dezembro, os médicos anunciaram a retoma das atividades, por um mês, após uma greve que durou 19 dias, face à época das festas.
A paralisação contou com a adesão de mais de dois mil médicos, de acordo com a associação.
Segundo Napoleão Viola, as conversações com o Governo continuam para “buscar soluções” e, em função dos resultados, a associação poderá, “como é desejável, cancelar por definitivo a greve”.
No entanto, o responsável salientou que “a classe médica continua com um alto grau de insatisfação”.
Em novembro, os médicos adiaram a ação reivindicativa, após encontros com os ministros da Economia e da Saúde, para “dar tempo ao Governo” de “implementar os princípios acordados”.
No entanto, dos 12 pontos de discórdia, foram alcançados acordos em oito, mas a associação diz que o Governo moçambicano cumpriu “apenas três”.
A AMM aponta a “mudança constante de interlocutores por parte do Governo” e a falta de transparência sobre a “forma como os salários dos médicos estão a ser ou não processados” como alguns dos pontos que determinaram o fracasso das negociações com o executivo.
A implementação da TSU, adotada nos últimos meses do ano passado, tem sido alvo de forte contestação devido a “inconformidades” apresentadas por várias classes profissionais em Moçambique, nomeadamente juízes, professores e médicos.
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