Os médicos de um hospital do Iémen pediram ajuda às autoridades internacionais para levar para fora do país os gémeos siameses nascidos há 12 dias no país.

Mulher dá à luz em corredor de hospital e fotógrafa capta o momento
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O quadro de saúde dos recém-nascidos deteriora-se de dia para dia devido à falta de serviços médicos no país, que vive o pior cenário de crise humanitária no mundo de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Os gémeos siameses, também chamados de gémeos xifópagos ou gémeos conjugados, são crianças unidas em alguma região do corpo.

As fotos das crianças

O apelo do Papa

Há dois dias, no Vaticano, o Papa apelou às fações envolvidas no conflito no Iémen para que cumpram "urgentemente" os acordos alcançados para uma trégua na cidade portuária de Hodeida, permitindo entrar ajuda que ponha fim à crise humanitária naquele país.

"Lanço um apelo a todas as partes envolvidas e à comunidade internacional para favorecerem de modo urgente o respeito dos acordos estabelecidos, assegurarem a distribuição de cuidados e trabalharem para o bem da população", declarou.

O Papa Francisco afirmou ainda que segue a crise humanitária no Iémen "com grande preocupação" e lamentou que neste país existam muitas "crianças que têm fome e têm sede, não têm medicamentos e tenham a sua vida em perigo" naquele país.

"A população está esgotada pelo demorado conflito e muitas crianças padecem de fome, mas não é possível aceder às lojas de alimentos. O grito destas crianças e dos seus pais eleva-se perante Deus", afirmou.

O cirurgião de quem todos falam reconstruiu a cara e a mão de um homem atacado por uma hiena
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10 mil mortos

O conflito no Iémen já matou pelo menos 10 mil pessoas desde que uma coligação militar liderada por Riade interferiu, em março de 2015, para apoiar o Governo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que o número de mortos é largamente superior, apontando um balanço cinco vezes mais elevado.  A guerra colocou milhões de iemenitas à beira da fome no que as Nações Unidas chamam de pior crise humanitária do mundo. Com agências