A Ordem dos Médicos Dentistas e o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP)  juntam-se, no âmbito do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, para abordar a importância da articulação entre os cuidados de saúde primários e os médicos dentistas na deteção de lesões precoces que permitam reduzir a taxa de mortalidade por cancro oral.

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Portugal tem uma das taxas de incidência e mortalidade mais elevadas a nível europeu, surgem 15 casos de cancro oral por cada 100.000 habitantes. No entanto quando o diagnóstico é feito precocemente e tratado atempadamente a taxa de sucesso é elevada.

Os fatores de risco associados ao aparecimento do cancro oral para além do tabaco, álcool e mais recentemente o HPV, são também as próteses dentárias pois podem provocar um traumatismo crónico na boca por ficarem mal adaptadas.

Os médicos dentistas pelo contacto regular com os seus pacientes, encontram-se numa posição privilegiada para contribuir no rastreio precoce e prevenção do cancro oral e no encaminhamento do doente que possa estar em risco.

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Jaime Alberich Mota, da direção da Ordem dos Médicos Dentistas afirma "a população portuguesa precisa de estar mais desperta para a importância dos cuidados de saúde oral e das visitas regulares ao médico dentista. Acreditamos que ao melhorar o acesso dos portugueses às consultas de medicina dentária assim como a melhoria dos hábitos de higiene oral, serão fundamentais  para diminuir o número de mortes por cancro da cavidade oral ou de cabeça e pescoço".

Já Ana Castro, médica e presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço alerta que “é fundamental diminuir o tempo de espera do doente entre a deteção dos sinais e sintomas, o diagnóstico e os cuidados de saúde primários. Este é um fator crucial e prioritário para aumentar as taxas de sobrevivência e consequentemente diminuir o número de mortes em Portugal com este cancro".