"É um aumento ligeiro, uma ténue inversão de tendência que queremos consolidar e gostaríamos de ver aumentar nos próximos anos, sabendo nós que o valor mínimo para repor gerações, por casal, é de 2,4 filhos", disse hoje à agência Lusa o presidente do conselho de administração do CHMT, Carlos Andrade.

Nesse sentido, apontou, o CHMT vai "desenvolver e reforçar o trabalho de articulação" com os médicos de família, com médicos obstetras e com os centros de saúde da zona, para que, "pela relação de proximidade e acompanhamento do processo de gravidez, desde o seu início, as parturientes possam optar, de forma natural, pela maternidade” daquele centro.

O gestor lembrou ainda que, para além da anestesia epidural, a atividade cirúrgica da especialidade de ginecologia do CHMT passou este mês a ser assegurada pelos meios clínicos existentes na maternidade da Unidade Hospitalar de Abrantes.

A concentração da atividade cirúrgica de uma mesma especialidade, apontou, vai contribuir para "um melhor serviço às cidadãs, acrescentando eficiência na prestação de cuidados" de ginecologia/obstetrícia.

"A medida traz ganhos evidentes, não só em termos de eficiência, como também de segurança para as utentes", frisou.

Concentrada na unidade hospitalar de Abrantes desde 2001, a maternidade registou 1.079 bebés em 2009, mais 11 do que em 2008.

A partir daí, e até ao ano de 2014, houve decréscimos consecutivos, com 1.046 partos em 2010, 985 em 2011, 908 em 2012 e 784 (número mais baixo de sempre) em 2013.

O ligeiro aumento do número de partos em 2014 está ‘em linha’ com o pequeno aumento de nascimentos registados no ano passado a nível nacional.

Segundo as estimativas da Direção Geral de Saúde (DGS), em 2014 registaram-se em Portugal 83.511 nascimentos, o que representa um aumento de 724 partos em relação ao ano anterior, em que se registaram 82.787 partos.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 255 mil habitantes de 12 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.