Esta fiscalização foi solicitada pela Ordem dos Nutricionistas, que pretende verificar se o despacho que limita os produtos prejudiciais à saúde nestas maquinas está a ser cumprido.

"Segundo o Ministério da Saúde, em maio de 2017, 86% das máquinas de venda automáticas disponham de uma oferta alimentar adequada. O caminho foi feito, agora é o momento de percebermos se chegamos ao destino. Esta inspeção é essencial para verificar se existe, de facto, uma melhoria na oferta de opções alimentares, visando a promoção de escolhas saudáveis", afirma Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

A Bastonária recorda, ainda, que "os hábitos alimentares inadequados são o fator de risco que mais contribuiu para o total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa” e reforça a obrigação do Ministério da Saúde em “desenvolver medidas que aumentem a disponibilidade de alimentos saudáveis, nomeadamente em espaços públicos".

 1.751 máquinas

A auditoria terá o total apoio da Ordem dos Nutricionistas na análise dos alimentos presentes nas 1.751 máquinas de venda automáticas existentes no SNS.

A legislação que impede a venda de produtos prejudiciais à saúde entrou em vigor em setembro de 2016 (Despacho n.º 7516-A/2016) e o governo fixou como prazo limite março de 2017, para que doces, refrigerantes, salgados, refeições rápidas ou com molhos e bebidas alcoólicas fossem retiradas das máquinas do SNS.

Recorde-se que a IGAS é o Serviço Central da Administração Direta do Estado, que assegura o cumprimento de leis em todos os domínios da prestação dos cuidados de saúde, quer pelos organismos do Ministério da Saúde ou por este tutelados, quer ainda pelas entidades privadas, pessoas singulares ou coletivas, com ou sem fins lucrativos.

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