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Insetos com gene alterado viveram mais 25% do que os espécimes do grupo de controlo
7 de maio de 2013 - 11h01
A manipulação de um gene ligado à doença de Parkinson prolongou em 25% a vida de moscas drosófilas, o que dá importantes informações sobre a doença e o envelhecimento humano, revela um estudo publicado na segunda-feira nos Estados Unidos.
"O envelhecimento é um fator de risco importante para o desenvolvimento e progressão de muitas doenças neurodegenerativas", como a doença de Alzheimer, frisa David Walker, professor de biologia e fisiologia na Universidade da Califórnia em Los Angeles, principal autor do estudo.
"Acreditamos que a nossa descoberta traz novas luzes sobre o mecanismo molecular ligado a estes dois processos".
Este gene, chamado de "parkin", tem pelo menos duas funções vitais: deteta as proteínas danificadas para que sejam eliminadas antes de se tornarem tóxicas e desempenha um papel importante para a remoção da mitocôndria danificada. As mitocôndrias são geradoras de energia na célula.
Os cientistas elevaram os níveis do gene "parkin" nas drosófilas e verificaram que os insetos, cuja longevidade é inferior a dois meses, viveram mais 25% do que os espécimes do grupo de controlo, "sem deixarem de ser saudáveis, ativas e férteis", destacou Anil Rana, outro autor da investigação publicada na Academia Nacional de Ciências (PNAS).
Nos humanos, um tratamento para aumentar a atividade do gene "parkin" poderia retardar o aparecimento e a progressão da doença de Parkinson e de outras doenças relacionadas com idade, sugerem os investigadores.
SAPO SAúde com AFP
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