“Esta distribuição vai acontecer no país até novembro próximo e enquadra-se na estratégia do Governo para a prevenção e controlo da malária em Moçambique”, que tem como objetivo que “pelo menos 90% dos agregados familiares tenham redes mosquiteiras”, lê-se numa nota do Ministério da Saúde distribuída hoje à comunicação social.
Além de garantir fundos para cobrir buracos orçamentais nas estratégias do Governo no combate contra a doença, a nova campanha visa defender que a malária permaneça no topo da agenda nacional e desenvolver mecanismos inovadores de financiamento para mobilizar recursos financeiros e em espécie, particularmente do setor privado.
A iniciativa será coordenada pela Associação para o Fundo da Malária, em parceria com o Governo moçambicano.
De acordo com o mais recente relatório anual sobre malária da Organização Mundial de Saúde (OMS), relativo a dados de 2018 e divulgado em dezembro, houve 968 mortes devido a malária oficialmente registadas em Moçambique – menos 146 do que no ano anterior e menos 2.386 do que em 2010.
Segundo o mesmo relatório, estima-se que o total de mortes, além dos casos reportados, tenha ascendido a um número entre 11.900 a 18.400 pessoas – em oito anos, houve uma descida de 23% no limite inferior da estimativa, enquanto o limite superior praticamente se manteve.
O país, com cerca de 29,5 milhões de habitantes, faz parte de um grupo de 11 Estados prioritários da iniciativa intitulada “De grande carga a grande impacto” com a qual a OMS visa acelerar os progressos no combate onde a doença se mantém endémica.
De acordo com o relatório anual divulgado no último mês de dezembro, seis países concentram quase metade das infeções no mundo: Nigéria (25%), República Democrática do Congo (12%), Uganda (5%), Costa do Marfim, Níger e Moçambique (4% cada).
Transmitida através da picada de mosquitos, a malária, também conhecida como paludismo, mantém-se como uma das doenças mais mortais em África, sendo responsável por quase meio milhão de mortes anualmente.
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