“Deste grupo, dois cidadãos são moçambicanos e outros dois zambianos”, declarou a diretora de Saúde Pública de Moçambique, Rosa Marlene, falando durante a conferência de imprensa de atualização de dados sobre a pandemia no Ministério da Saúde, em Maputo.

Os novos casos estão nas províncias de Cabo Delgado (2), norte de Moçambique, e Sofala (2), centro de Moçambique, e são pessoas na faixa entre 25 e 45 anos.

“Todos se encontram em isolamento domiciliar e o Ministério está em processo de mapeamento dos seus respetivos contactos”, avançou.

Do total de casos que o país registou, 142 são de transmissão local e 26 são importados, sendo que 51 pessoas são dadas pelas autoridades como recuperadas.

Do total de casos já registados, 90 estão na província de Cabo Delgado, 41 na cidade de Maputo, 20 na província de Maputo, 10 em Sofala, dois em Tete, um em Manica, três em Inhambane e um em Gaza.

No total, desde o anúncio do primeiro caso no país, a 22 de março, foram feitos 7.947 testes, tendo sido submetidas a quarentena cerca de 15 mil pessoas das mais de 700 mil rastreadas, continuando 2.914 a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, admitiu na semana passada tomar medidas mais duras no âmbito do estado de emergência para prevenção da covid-19, se persistir o incumprimento de algumas restrições, nomeadamente se os níveis de circulação interna continuarem altos.

O estado de emergência em Moçambique vigora desde 01 de abril, tendo sido decretado até final daquele mês e depois estendido até ao final de maio.

Em África, há 3.183 mortos confirmados, em mais de 103 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.114 casos e seis mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (719 casos e sete mortos), Cabo Verde (362 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (282 casos e 11 mortos), Moçambique (168 casos) e Angola (60 infetados e três mortos).

O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com mais de 21.000 mortos e mais de 330.800 contaminados, sendo o segundo no mundo com mais infeções, atrás dos Estados Unidos (mais de 1,6 milhões de casos).