“Antes da chegada dos tufões – período entre 01 e 22 de agosto – no serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário (hospital público) eram registados entre cinco e 35 casos relativos à gastroenterite, contudo após o dia 25 de agosto o número de casos diários aumentou ligeiramente para 42 registados na segunda-feira”, refere o comunicado.

O maior número de casos foi registado no hospital privado Kiang Wu, num total de 178, “todos eles sem relação e considerados esporádicos”.

“Todos os pacientes foram considerados casos normais e não houve nenhum caso considerado grave. A análise inicial indicou que os principais motivos de gastroenterite podem estar relacionados com a ingestão de comida estragada, ou exposta a temperaturas anormais, ou ao facto de não haver cuidados higiénicos, por exemplo, lavar as mãos, após o manuseamento de lixo”, referem os Serviços de Saúde em comunicado.

Mais mulheres afetadas

Até segunda-feira, ou seja, já depois da passagem dos dois tufões, foram registados “apenas quatro casos suspeitos de infeção coletiva devido a gastroenterite que envolveram entre duas a cinco pessoas no máximo, um número semelhante a dias anteriores”. A maior parte dos que foram diagnosticados com gastroenterite eram do sexo feminino, com idades entre 15 e 64 anos.

Na segunda-feira, o chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Lam Chong, aconselhou a população a ferver bem a água da torneira antes de a consumir.

Os Serviços de Saúde esclareceram no mesmo dia que apesar de a água canalizada ser de boa qualidade, existe risco por passar por depósitos ou cisternas de edifícios corrompidos por detritos devido ao tufão Hato, que atingiu Macau na quarta-feira.

Há cinco edifícios ainda sem abastecimento de água, depois de cerca de metade da cidade ter ficado sem água na sequência do Hato.

No domingo, Macau foi atingido por um segundo tufão - o Pakhar - que não provou cortes no abastecimento de água e luz.